Viagem a Ixtlan - Carlos Castaneda

"Viagem a Ixtlan relata com clareza e contundência todos os passos do seu longo aprendizado como brujo, entregando ao leitor as chaves para o mundo de dom Juan. As lições, os exercícios, as técnicas, as provas, os assustadores confrontos e visões no alto das montanhas - tudo o que foi necessário para que Castaneda se tornasse um autêntico caçador."
"Para muito estudiosos dos trabalhos de Castañeda esta é sua obra máxima do ponto de vista literário, mas também o livro que o afastou de vez da universidade. Antropólogos conceituados foram unânimes em dizer que o autor se deixara dominar pelo seu objeto e, consequentemente, não tinha mais valor acadêmico. Em "Viagem a Ixtlan" Castañeda recapitula pontos de sua convivência junto a Dom Juan não descritos nos últimos livros, justamente porque na época eles não haviam lhe parecido importantes. É somente no final do livro que Castañeda recomeça a narrativa sobre os fatos ocorridos após o término de "Estranha Realidade". É justamente aí que está o valor dessa obra, que expõe como nenhuma outra de Castañeda a chave para o mistério do assombroso mundo de Dom Juan." -- por Eduardo Azevedo (retirado do site http://www.wook.pt/)

Neste terceiro livro, Castaneda continua nos mostrando as suas experiencias com o índio Don Juan.
Don Juan neste livro leva Castaneda a seguir a vida como um guerreiro e feiticeiro, apresentando um novo mundo e tentando fazer com que Carlos abra os olhos (e a mente) para um mundo que poucos conhecem.

Diferente de A Erva do Diabo, Castaneda não faz uso de plantas alucinógenas, exceto em uma pequena passagem na qual ele experimenta o peitote, planta essa que era o motivo inicial de suas conversas com o velho índio; as experiências são sensoriais, fazendo com que Castaneda veja e sinta "coisas" que não compreende. Aos poucos no livro ele vai "aceitando" as filosofias de Don Juan, mas isso acontece a muito custo, pois a razão sempre o faz questionar, levando Don Juan as risadas ou apenas a um pequeno momento de impaciência, e apenas quando vivencia situações inexplicáveis a aceitação ocorre.

O que falar desse livro?
Se me pedissem para defini-lo em uma única palavra seria Fantasia.

Bem para alguém que segue a lei de São Tomé (preciso ver para crer), não consigo acreditar nessa "autobiografia", apenas vejo o livro como uma bela ficção, fantasia, muito bem escrita, e durante um pesquisada no meu querido amigo Google também não achei nada que validasse as informações do livro (OK! Sei que um dos ensinamentos de Don Juan era apagar a sua história pessoal... Isso Carlos Castaneda aprendeu muito bem). Então meus caros, continuo acreditando que seja uma fantasia louca de um "maconheiro".

Eu tenho sérios problemas com esse autor, esse foi o segundo livro dele que li (primeiro foi A erva do diabo) e sinceramente os meus problemas não diminuíram ou sumiram, podem me chamar de preconceituosa, prosaica, mas o livros dele me parecem coisa de "maconheiro maluco".

*Para não ser tão chata, cruel: Alguns ensinamentos, filosofias e experiências passadas pelo velho índio yaqui valem uma reflexão, principalmente a do respeito ao mundo que habitamos, respeito as plantas e animais... (Obs.: filosofias essas que não são exclusivas de bruxos e xamãs yaquis).
E na parte do "sonhar", já vivenciei essa experiência algumas vezes e não precisei me enfiar no meio do deserto, ter conversas doidas com um índio doido e muito menos fumar/ beber, fazer sei lá o que com umas plantas mais doidas ainda...
 

Para finalizar... Bem, como falei pra mim é uma fantasia muito bem escrita que em alguns pontos nos faz pensar sobre a vida que levamos.

Para você que acha que o mundo tem que estar aos seus pés, super aconselho a leitura, mas se não é o seu caso, também aconselho... Ler nunca faz mal, vai que você aprende algo novo, se surpreende com um novo mundo.

Ahhhhhh e pelo pouco conhecimento que tenho da humanidade, sempre estamos tentando voltar a "Ixtlan".
"...era por isso que ele não queria explicar seus atos, e que  as explicações não eram necessárias. Falou que a única coisa que contava era a ação..."
Viagem a Ixtlan
Carlos Castaneda
Editora Record
1972 

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