Como eu era antes de você - Jojo Moyes


"Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro. Como eu era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado."
Segundo livro de Jojo Moyes que leio, o primeiro foi Um mais Um.

Primeiro livro de uma trilogia (ok, quando li, em 2014, ainda não tinha nem o segundo, quanto mais o último de qual fiquei orfã recentemente) e sinceramente a boa impressão que tive com Jojo não se repetiu nesse livro. Inicialmente achei a leitura maçante, os personagens chatos, Louisa boba demais... Por vezes pensei em abandonar o livro. Achava que a autora estava enrolando muito para progredir com a história.

Mas ao chegar o final, lembro muito bem a vontade que tive de jogar o livro na parede,  não que o livro tenha se transformado em outro, mas aquele final me deu raiva... Como assim depois de tudo, ela não conseguiu mudar o destino dele???? Jojo só pode estar louca em fazer isso!!!! Esses foram exatamente meus pensamentos depois de fechar o livro.

Ai me dei conta que mesmo o livro sendo para mim uma leitura lenta, ele me prendeu, me amarrou de tal maneira que eu partilhei das emoções das personagens. Me empolgava com as loucuras de Lou, ficava feliz com as mudanças que aconteciam em Will por conta dela. Vibrei com cada tentativa dela de fazer ele ficar feliz, fiquei eufórica com a viagem deles e a noite linda que tiveram, e  feliz com o amor surgindo.

Mas tenho que assumir que a história só me conquistou mesmo após a segunda vez que vi o filme. Embora tenha pontos que eu ache que foram mal adaptados (na boa porque mudar o vestido que ela usa no casamento??? Ele era importante na cena e para nós leitores. Roupas são uma das características mais marcantes de Lou). Dar cara aos personagens me fez bem, entendi melhor e simpatizei com eles.

O filme esfrega na sua cara aquilo que você não conseguiu captar na leitura (levante a mão você que foi tosca em não perceber essas coisas... EUU!!!). Ele mostra as dificuldades em ser um tetraplégico, em como é difícil um jovem adulto se adaptar a essa realidade de dependência de terceiros, a ter paciência com pessoas que estão passando por momentos de dificuldades na vida, que bom humor pode ser um maravilhoso remédio, mesmo que por curto tempo, aprender a ouvir e se importar com o outro. E principalmente que por amor se é capaz de entender as decisões mais duras.

Depois disso posso dizer que gosto do jeito de Lou se vestir e que partilhamos um certo apreço por meias... Ahhhh... O jeitinho doido dela acabou me ganhando também.

O final continua até hoje me deixando enfurecida, sou romântica e quero sempre finais felizes. Eu pessoalmente não saberia lidar com a decisão de Will.

Se você não viu o filme e nem leu o livro, eu recomendo os dois.
Tem uma coisa especial nessa trilogia que vale a pena você gastar um tempinho com os livros. Will e Lou nos ensinam um pouquinho a cada página e se você não aprender nada, ao menos vai rir das idiotices que ela comete (e provavelmente chorar com o final do livro).
"- Sabe de uma coisa, Louisa? Seria ótimo se alguém, por apenas uma vez, prestasse atenção ao que eu quero. Destruir essas fotos não foi um acidente. Não foi uma tentativa de decoração radical de interiores. Eu fiz isso porque realmente não quero vê-las.
Levantei-me.
- Desculpe. Não pensei que...
- Você achou que sabia. Todo mundo acha que sabe do que eu preciso. Vamos colocar as malditas fotos juntas de novo. Vamos dar ao pobre aleijado alguma coisa para olhar. Não quero ter as porcarias dessas fotos me encarando toda vez que eu estiver na cama até chegar alguém e me tirar de lá. Certo? você acha que é capaz de entender isso?"
Como eu era antes de você
Jojo Moyes
Ed. Intríseca
2013


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